Só mesmo para saber se chegou...enviei ontem a vc ao André, ao Belotto e ao Miranda, nos e-mails de cada um pois o FoMUs nao aceita mais de 4MB e como ninguém me comentou haver recebido essa guia muito bem elaborada pelo TRANSyT coordenada pelo Andrés Monzon e pelo Gianni Rondinella, que pode ser útil nas pautas de negociaçao entre a Bicicletada e a PMC.
Assim se o amigo recebeu, com certeza os de mais também receberam...só mesmo resta fazer chegar à todos do FoMUS...
Um acordo firmado entre o Banco Mundial e a Associação Nacional de Transportes Urbanos (ANTP) vai permitir um investimento de US$ 8,5 milhões em projetos de transporte sustentável em São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba. O objetivo é tentar reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Devemos estar produzindo muitos gases, tanto que teremos dinheiro, trocando serviços, para reduzi-los.
A reportagem da Gazeta do Povo (jornalista Themys Cabral, em 25/05/2010) diz:
“O Banco Mundial repassa o recurso para nós em forma de doação e nós passamos para os municípios em forma de produtos e serviços”, explica. As cidades beneficiárias do programa foram escolhidas pelo próprio Banco Mundial.
A tese é a de que ciclovias bem feitas poderão diminuir a utilização de automóveis (e gases) sem criar engarrafamentos, caso contrário o objetivo do Banco Mundial não será atingido. Aí a emenda sairia pior do que o soneto.
Ótimo! Vamos ganhar mais caminhos para ciclistas e talvez corrigir e recuperar antigos circuitos que chamam de ciclovias, merecendo atenção de nossas autoridades. Felizmente podemos ainda fazer muito pela qualidade de nossas cidades, em destaque Curitiba. O que se fez no passado, a criação das canaletas e o aproveitamento de espaços para parques lineares e convencionais criou áreas sobre e sob as quais a cidade tem poder de atuar sem grandes indenizações. Temos, por exemplo, ruas paralelas (trânsito lento) às canaletas, que talvez, diante da ineficácia delas para os automóveis, possam ser definitivamente transformadas em passeios para pedestres e ciclistas. Sob estas avenidas valeria a pena construir estacionamentos e se refazer galerias pluviais, enterrar redes de distribuição de energia e telecomunicações, instalar piscinões e áreas com outras finalidades, ao gosto e criatividade dos planejadores.
Existe para isso a possibilidade de (aí sim) concessões onerosas para entrega à iniciativa privada mediante compensações e a necessidade de aprimoramento dos serviços das concessionárias nesse espaço, que tende a ser supervalorizado. As concessionárias de serviços públicos, por sua vez, associando-se, reduziriam custos no aprimoramento de suas redes, dinheiro que recuperariam na forma de tarifas e utilização de financiamentos especiais, sempre disponíveis no plano federal e internacional, agora também com a preocupação escatológica dos banqueiros em torno do CO2, metano etc..
Para tudo isso precisamos de dinheiro, que tem diversas origens possíveis e muitos gargalos. Depende - se da boa vontade estadual ou federal, negociações políticas e aceitação das regras superiores. Paciência, a vida é uma eterna negociação, um jogo de conveniências e sacrifícios.
O aspecto positivo é o destaque criado pelo Banco Mundial[i] e a ANTP[ii], parceiros nessa empreitada. Enxergam as ciclovias como algo positivo.
O ideal seria que isso viesse acompanhado de uma nova legislação federal e inovadora sobre as calçadas, viabilizando-se recursos a favor dos pedestres, sempre deixados a critério de administrações municipais, nem sempre atentas à importância do ato de caminhar, andar, deixar o carro em casa e sair para viver na cidade e não dentro de shoppings e parques protegidos.